segunda-feira, 9 de junho de 2014

Esses dias em Delhi

Delhi hoje fez 45ºC sensação térmica 47ºC! Ta um calor bizarro. No segundo dia fui passear a pé e passei  mal, tinha pedido comida pelo serviço de quarto do hotel na noite anterior e não bateu muito bem e junto com o calor, quase desmaiei na rua. Mas agora estou mais acostumada, hoje saí de casa as 10h só voltei as 16h e sobrevivi. É um calor miserável, levo água na bolsa, a água fica em temperatura de chá, parece mentira. E em 5 horas na rua você toma fácil 3 litros de água, sem ir no banheiro nenhuma vez.
Delhi é bem interessante, tem partes bem bagunçadas e outras super limpas e organizadas. O bairro que eu estou ficando hospedada chama-se Paharganj, é uma área bem decadente com muitos hotéis, restaurantes e comércio de rua, é o que tem de mais barato em hospedagem aqui em Delhi. O bairro tem um charme decadente, com letreiros luminosos enormes e bastante movimento na rua, lembra uma Las Vegas acabada.



 Aqui é uma área onde turistas estrangeiros se hospedam, especialmente mochileiros e gente com pouca grana, então na rua tem cafés e restaurantes com comida ocidental, e lojas que vendem biscoitos, sucrilhos e coisas de higiene tipo papel higiênico, sabonete, shampoo miniatura, super útil. Tem também barracas de frutas, como tinha em Mandsaur. Sair na rua é ser assediada por 50 rickshaws querendo te levar pra qualquer lugar por um preço muito acima do real, é interessante que todos eles falam um pouco de inglês, alguns falam até bastante bem. Hoje peguei um taxi, perguntei quanto era a corrida, ele disse 1100 rupias, eu disse Não obrigada, ele perguntou Quanto você paga e eu disse 100, ele disse 150 e fechamos por isso mesmo. De 1100 para 150 rúpias. Nos primeiros dias eu fiquei achando que o motorista iria ficar puto tipo quando você pede um desconto no Brasil, mas aqui acho que é esperado mesmo que vc negocie o preço, e acho que eles tentam um valor altíssimo pra ver se cola, mas eles sabem que não é o valor real, então quando vc negocia eles não se estressam, só negociam de volta. Mas acho estranhíssimo, no Brasil sempre fico constrangida de pedir desconto, e o vendedor geralmente fica meio puto. Aqui eu fico com o pé atrás mas os motoristas não ficam ressentidos, e eles tem interesse em conversar comigo, é diferente. Esse homem que me pediu mil e cem rupias a gente bateu um papo, eu fiquei pensando 'você acabou de tentar me vender uma coisa por 10 vezes o preço dela e agora quer ser meu amigo, que lógica é essa?' Mas é essa mesmo, sem ressentimentos, a lógica do vai que cola. Fico meio irritada, gosto de pagar o preço que a coisa custa, isso de ficar negociando é um saco e eu não faço a menor ideia de quanto as coisas custam de fato. Mas to aprendendo a negociar, se eu ficar boa nisso talvez me divirta.

Os bairros mais chiques são lindos, tem partes da cidade que são muito arborizadas com ruas largas, sinais de trânsito, rotundas, calçadas e calçamento, hotéis 5 estrelas, etc. A área das embaixadas é linda, lembra a área do parque Ibirapuera em São Paulo.



A cidade tem também muitas áreas de comércio, feiras de rua, bazares, isso é super legal. É muito muvucado, tem lugares que eu me sinto mais segura, outros menos. Perto de onde estou hospedada tem uma rua chamada Main Bazar, é demais, tem aquelas calças tailandesas tipo do Alladin, tem sandália de couro de camelo, muitas bolsas e bijuteria, lembra muito o Saara no Rio. Todo mundo tentando te passar a perna o tempo todo, mas ficando atenta da pra encontrar coisas bem legais e aproveitar. Aqui é bem assim, é muito interessante mas você tem que tomar muito cuidado o tempo todo, não sei se é porque eu estou sozinha, mas eu não relaxo. A rua ao mesmo tempo oferece coisas maravilhosas e coisas ameaçadoras. Nesse Main Bazar tem lojas vendendo frango exposto na rua, tem pulseiras de osso de camelo pra comprar, mas eu estava andando outro dia, uma moça veio me pedir dinheiro, me contou que era de Bangladesh, parei pra ouvir a historia dela mas avisei que não tinha dinheiro, quando ela viu que eu não ia mesmo dar dinheiro ela tentou cuspir em mim, por sorte errou. 



Achei também um centro comercial muito interessante, é onde as pessoas das embaixadas vem consumir, chama Khan Market, tem lojas da L’Occitane, Body Shop, Nike, e restaurantes com comida ocidental, bares com carta de vinho e drinks, gente de vestido na rua, um luxo. É bem caro, fui nesse bar chamado The Harry’s, os drinks são mais caros que a diária do meu hotel, mas eles tem nachos no menu, uma preciosidade. Tem uma praça central na cidade chamada Connaght Place que também tem muitas lojas e restaurantes ocidentais, é nessa praça que tem Starbucks, Dominos, Pizza Hut, Dunking Donnuts, e lojas da Puma, Polo, junto com lojas de sari e fast foods locais. É um lugar super cheio, com muitos jovens e mais mulheres, então é um lugar legal de passear e ir comer.







O resto da cidade tem bem pouca mulher, eu tinha lido sobre isso mas achei que era exagero porque em Mandsaur tinha muita mulher na rua, mas aqui é impressionante, é uma multidão de homens. Peguei o metrô hoje (que aqui se chama metrô também), tinha uma outra mulher no meu vagão e só. É muito desconfortável, já sou minoria por ser estrangeira, mas ser minoria de gênero nunca tinha me acontecido.  Na volta descobri o vagão das mulheres, bastante mulher e nenhum homem, mas é um vagão só, a proporção ainda é bem discrepante. O metrô daqui é impressionante, dá de dez no do Rio, os carros são modernos, são bem mais limpos que o meu quarto de hotel e tem um ar condicionado sensacional, fico quase ansiosa pela hora de pegar o metrô. O preço da passagem varia de acordo com a distância que você vai percorrer, tem 4 linhas e uma direta que vai até o aeroporto. Pra entrar em qualquer estação todas as pessoas passam por detector de metais e raio-x de bolsas. Isso é organizado pela policia e não pelo metrô, são policiais armados que ficam logo antes das catracas fazendo essa vistoria. O objetivo pelo que eu entendo é evitar terrorismo, dependendo da estação fica uma fila enorme pra entrar.

Um comentário:

  1. oi juuuuu!!!!
    então, qnd eu tava na asia percebi logo q td tem de ser negociado, não é q eles queiram só q vc pague mais, é pq eles têm a cultura da barganha, vc precisa negociar pra eles entenderem q vc dá valor ao q ta comprando e conversar pra eles é mto importante,. aprendi isso de cara e virei uma super negociadora, negociava até pras meninas, tenho técnicas apuradíssimas de negociação com asiáticos, não sei como é aí, mas onde eu fui eles gostam de pexinchar mesmo!!!
    o lado q fiquei em bangkok tb era bem assim cheio de letreiros e meio escuro e apinhado e os metros tb funcionavam assim, por distância e tinham uma integração maravilhosa q incluia até barcas, dava de mil aqui no BR.
    vc comeu em algum desses lugares ocidentais? na tailandia n vi mto mc donalds não, via mais burguer kingos gigantescos parecendo uns prédios de empresa com escada propria e luzes, uma doidera.
    vi q o subway aí tem coisa vegan e o mc donalds tb, vc já viu isso? e os cardápios dos outros lugares, devem ter alterações tb né!
    eles falam alguma coisa aí com relação a copa q começa amanhã? aqui parece q nem vai ter copa, ta mó mortão. é a população respondendo né...enfim... engraçado isso de ter mto homem, né, será q as mina ficam mais em casa ou saem nessas áreas ricas só? seria legal olha!
    manda umas fotos do seu hotel e da áera exata onde vc ta!
    to com saudades, hein, tortita =****

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