quarta-feira, 28 de maio de 2014

Aniversário na India

Um dia vou contar pros meus filhos como foi meu aniversário de 25 anos. Eu estava na India em uma cidade muito de interior, passando por um processo burocrático monstruoso. Fui trabalhar em uma escola que não existia. Passei o mês inteiro me organizando para trocar de trabalho, mas no último momento conversando com a embaixada descobri que não é possível trocar de trabalho na Índia. Toda a orientação que tinha recebido até o momento estava errada. Na India, visto de trabalho é atrelado a empresa em que se trabalha, rompendo o contrato, perdesse o visto. Visto de trabalho pra Índia só a partir do seu país de origem, a partir de outros países não dá. Quem ia saber. Lido agora com as opções 1) sair da India ou 2) trabalhar em outra escola do mesmo grupo. 

Ir pro Nepal tentar um visto de turista e voltar pra India. A falha dessa opção é que eu posso ter o visto negado, e não conseguir mais entrar na India. Tchau Taj Mahal, Varanasi, Jaipur, Jhalandar, Delhi... Vai ficar pra um futuro, vai ficar só na imaginação. É muito estranha a ideia de que talvez eu não conseguir voltar pra cá, a ideia de não ver o Taj Mahal. A única coisa que eu tinha certeza sobre a India quando eu sai do Brasil era que eu ia ver o Taj Mahal, nem é a coisa que eu mais quero ver na India, mas era uma coisa muito certa. Vou ao Rio, visito o Cristo; Santa Teresa é muito mais legal, mas não dá pra não ir no Cristo. E agora eu to aqui, dentro da India, com a chance de não ver a India.  Eu penso no Taj Mahal ele parece um palácio fantasma. Toda a India parece fantasma, a sensação é de que estou em uma ilha chamada Mandsaur, todo o resto não existe, todo o resto eu não faço ideia de como é, não consigo nem imaginar, por isso parece que não existe. Se eu voltar pro Brasil sem ter conhecido a India vai ser bem doido, porque eu estive aqui de fato, vi um monte de coisa, mas eu não vi nada. Toda a informação que eu tenho da índia vem da bolha-Mandsaur, não da pra ter ideia se as outras cidades, os outros lugares são assim ou são diferentes. Imagina um dinamarquês ir pro Brasil passar dois meses em Juiz de Fora e voltar pra sua terra natal. É um estar no Brasil muito específico, muito curioso, eu não conheço Juiz de Fora mas imagino que tenha um monte de particularidades que só tem lá, e um monte de coisas comuns a todo o Brasil. Mas como a pessoa não conheceu mais nada do Brasil, ela não consegue saber. Eu não faço ideia do que que eu vi da India, vi um monte de coisa, mas não tenho comparativo nenhum. Aqui parece mto sujo, mas se comparado com outras cidades Mandsaur é suja ou limpa? Talvez seja limpa, o Carlos foi a Mumbai e falou que é muita sujeira. Mandsaur tem muito ou pouco mosquito? O transito é muito caótico ou é normal pra India? Sei lá.

A outra opção era ir para outra escola do mesmo grupo que eu estou. Parece uma opção legal, eu continuaria na Índia, mudaria de cidade, teria trabalho. Mas tem o risco de ser tudo mentira de novo, de chegar lá e ser outra coisa totalmente, de ser na verdade nos arredores da cidade, de estar a 1h de distância, de só abrir daqui a um mês, da casa ser um lixo, de eu querer sair e ser ameaçada de deportação, tudo de novo.

Eu passei o dia do meu aniversário angustiada com um email da embaixada que precisava chegar, com uma resposta que ia me ajudar a decidir se eu fico ou se eu vou. O email não chegou, mesmo se ele chegasse eu que teria que decidir. Eu decidi ontem romper com a escola e sair da India, ainda estou esperando aprovação dessa minha decisão por parte da escola, deve vir hoje.

Apesar do dia aflitivo foi muito bom ler todas as mensagens de carinho do Brasil, e ouvir a voz de um monte de amigos que me mandaram as mensagens mais lindas por whatsapp, e conversar com mais um monte de amigos e minha família pela internet. A tecnologia tem feito um serviço que eu não tenho nem palavras pra expressar a gratidão, não sei como eu estaria sem essas possibilidades de comunicação, penso no homem que inventou o skype, ele devia ter muita saudade da família dele.

Passei o dia de sari no escritório e a noite sai pra jantar com as meninas do trabalho e o Carlos. Descobrimos um restaurante novo finalmente, foi ótima a mudança de ares. Ando adorando a comida indiana, apesar da pimenta e das diarréias.


Estou animada com a ideia de ir pro Nepal, é um pais lindíssimo e Katmandu tem bastante turistas, devo me sentir mais confortável por lá. Ontem estava meio assustada com isso de ir viajar sozinha, mas agora acho que vai ser bom. Só torço muito pra realmente conseguir o visto de turista pra India, sair da Asia sem ter visitado a índia vai ser o maior ato de desapego da minha vida, deixar ir esse pais enorme, essa vontade enorme de ir ver tudo. Mas está fora do meu controle, é isso, deixar ir let it go let it be.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Indian Madness

Tenho me sentido em Dogville aqui em Mandsaur. Estou tentando trocar de um trabalho para o outro a mais de um mês, tem sido um pesadelo desde então. As pessoas parecem querer te ajudar mas na verdade abusam de você e estão te enganando, e é impossível sair. Me sinto no Anjo Exterminador também, as pessoas que tentam sair da casa e não conseguem.
 A escola que eu vim trabalhar dando aula de inglês não existe, está em construção, estou aqui desde março fazendo absolutamente nada. Desde abril estou tentando sair da escola e ir para outro trabalho, mas a escola não me libera, apesar de nós não termos mais contrato. Estou num buraco, pela Aiesec não tenho mais contrato, mas meus documentos legais estão associados a escola, e com isso ela tem poder de me manter aqui, ou então estou ilegal na India. Recebi os e-mails mais absurdos e ofensivos essa semana. Preciso de um documento chamado NOC - Non Objection Certificate, é um documento da policia que afirma que a escola não tem problemas em eu ir embora. Esse documento precisa ser entregue na policia junto com uma carta convite da outra empresa que eu estou indo trabalhar. A escola se recusa a me dar esse documento, não entende que não temos contrato. Nunca esperei passar por essa situação, estou tão frustrada e decepcionada e triste e insegura, esperava chegar aqui, trabalhar, curtir a India e ir embora, mas desde de que cheguei estou em uma espiral de loucura e falta de comunicação entre as pessoas.

Estou em uma cidade que funciona sem lei, a família do diretor tem dinheiro e contatos, e tudo é resolvido assim. Não passei por nenhum procedimento legal desde que cheguei aqui, tudo foi burlado, a policia veio até o escritório pegar minha assinatura e acabou, toda a burocracia legal foi burlada. E agora me encontro nessa situação, em que preciso de aparato legal para conseguir sair daqui em segurança e não tenho. É desesperador. Fico pensando em quantas cidades no Brasil e no mundo funcionam assim, e quantas pessoas vivem sobre a aba do coronelismo, totalmente desprotegidos e sem acesso ao aparato legal.

Tenho me comunicado diariamente com a embaixada do Brasil em Delhi e com o FRRO, setor da policia que cuida de estangeiros. Aqui em Mandsaur a policia é associada ao diretor então não dá pra contar com eles, por isso tenho ligado pra policia em Delhi. O serviço deles é péssimo, já desligaram na minha cara duas vezes, não tem a menor intenção de resolver problemas, não sabem ouvir, me dizem, Traga os seus documentos aqui que a gente resolve, e eu falo Mas eu não estou em Delhi, e eles desligam antes de me ouvir. A policia em todo o mundo parece uma coisa homogênea, corrupta e mal treinada.

A boa noticia é que não corro perigo físico, a escola não tem nenhuma intenção de me machucar porque seria pior pra eles me perder. Quanto mais eu fico aqui, mais alunos a escola atrai, então minha integridade fisica está garantida.

Estou com o mais profundo ódio da AIESEC, é a instituição mais irresponsável que eu ja conheci, como pode colocar alguém em uma situação como essa? Meu direito de ir e vir está vetado e eu estou em perigo, a AIESEC não tem a menor ideia de com quem se associa, é uma empresa presente em 130 paises sem nenhuma ideia de como funcionam esses países, e em que tipo de problema as pessoas podem se meter, nem nenhuma ideia de como resolver esses problemas.


Eu preciso descobrir agora como sair de Mandsaur e chegar em Delhi legalmente, e se existe algum tipo de reclamação formal que eu possa fazer no FRRO contra a escola. Qualquer reclamação que eu fizer aqui eu saio perdendo porque o diretor tem contatos na policia, mas eu tenho que pelo menos abrir esse espaço, para que caso eu seja deportada, eu possa entrar com um pedido de reconquistar o visto, ou algo assim. Conseguir informação aqui é algo que beira o impossível, ninguém sabe me informar nada, tenho passado o dia nos sites da policia e do visto, mas é tanta burocracia e confusão, fica muito difícil de entender.  Precisa ter algum documento como o FIR mas que eu faça contra a escola, pra eu não sair prejudicada e perder meu visto.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Casamento Honey & Karishma pt II

Manha do dia 01/05

A primeira função do dia 01 foi uma troca de presentes. Fui ao Amba Palace por volta de 11h, quando cheguei Akshita estava terminando de organizar no chão do pátio uns 40 presentes, que variavam entre saris, camisetas masculinas e lençóis. A família dela presenteou todos os membros da sua própria família, quem trouxe os presentes foi um tio, parecia um natal. Paralelo a esse acontecimento, uma pequena barbearia estava montada no corredor do Amba Palace, para os homens que precisassem de um trato final, e ao mesmo tempo, o café da manhã era servido no mesmo estilo do dia anterior. Quando já estavam começando a servir o almoço fui pro escritório.



A função da noite é o que eles chamam de recepção, que é a festa de casamento propriamente. Estava mto mais cheio que o dia anterior, e as pessoas estavam bem mais arrumadas. Na entrada do Amba Palace uma banda de musica típica do Rajastão acompanhava a chegada das pessoas.



O noivo chegou a cavalo seguido por muitos convidados. Na parte da tarde ocorreu a segunda função do dia, que era tipo uma volta olímpica do noivo pela cidade com todos os convidados, uma banda + um par de tambores, uma festa ambulante. Essa segunda função começou as 17h +- e emendou na festa a noite. Não deu pra eu ir na função da tarde, mas vi a chegada do noivo a noite, foi animadissimo.







Acho que quando o Honey chegou a noiva já estava no Amba Palace. O casal passou a noite inteira no palco tirando fotos com todos os seguimentos da família, o palco estava arrumado com um sofá, flores e muita luz, como um mini estúdio. Eles estavam super felizes, mas me pareceu meio chato passar a noite toda ali, não vi eles descerem do palco uma vez sequer. As noivas aqui casam de vermelho, o sari da noiva era maravilhoso, de veludo com cristais, muito rico. Além do sari ela usa um pingente que pende sobre a testa, uma argola bem grande no nariz com uma corrente que liga com a orelha, mehndi nas mãos e nos pés, muitas pulseiras, bindi (a bolinha vermelha entre os olhos), e um colar de ouro com miçangas pretas. É muita informação, da vontade de passar horas olhando ela. O bindi e esse colar de ouro com preto, junto com o sari, passam a ser usados diariamente depois do casamento, pois são símbolos que indicam à sociedade que ela é uma mulher casada.







A cerimônia mesmo de casamento onde os votos são feitos, acontece as 4h da manhã e geralmente ficam apenas poucos membros da família. O meu plano era ver essa cerimônia, na verdade era o que eu mais queria ver porque é uma cerimonia super tradicional, mas quando soube do horário desisti, não ia conseguir acordar pro trabalho no dia seguinte. O que eu sei é que o noivo e a noiva dão as mãos, jogam leite sobre as mãos deles, eles dão 7 voltas em torno dessa tigela com leite e estão casados. Isso muito simplificado, pelo que eu vi nos filmes e nos casamentos no youtube acontece mais um monte de coisa, mas o ponto alto são essas 7 voltas.

Sobre a comida desse dia, como tinha jantado na noite anterior, passei essa noite na ala das comidas de rua. Foi ótimo, pude provar tudo que tem na rua sem o risco de infecção alimentar. A maioria das comidas de rua inclui fritura e farinha de trigo, mas descobri cada comida maravilhosa, como um bolinho de purê de batata com molho de grão de bico, ketchup e molho de coentro, chamado aloo bada (aloo é batata em hindi, mudou minha vida descobrir isso, facilitou mto pedir comida nos restaurantes), e comidas com influência chinesa muito boas. Tudo aqui tem cominho e coentro, adoro os dois mas como tem em tudo não aguento mais comer. As comidas com influência chinesa tem gengibre e são mais salgadas geralmente, e menos apimentadas, então são uma opção ótima pra mudar de gosto. Todas as comidas com influência chinesa tem “manchurian” no nome, então é fácil de reconhecer. Tinha também pani puri, uma bolinha de farinha de trigo muito fina e oca, que a pessoa quebra um pedacinho pra abrir um buraco, enche de uma agua temperada e enfia inteiro na boca. É uma paixão, as pessoas comem 5, 6 de uma vez, e todo mundo pergunta se a gente já comeu, insistem para que gente prove, é até chato. O negocio é horroroso, tem um gosto forte de tempero, meio azedo, mas não tem substância, a casquinha quebra e fica um monte de agua salgada na boca, a textura é muito estranha. Eu tenho que dar mais uma chance pro pani puri, mas não foi dessa vez.

pani puri
docinhos




A festa tinha toda essa variedade de comidas e uma mesa grande de sobremesas, mas a única coisa que tinha pra beber era água. Pra mim (e pra gente no Brasil) que está acostumado a festa com cerveja drink refrigerante e suco, achei engraçado só ter água. Já sabia que não teria bebida alcoólica, mas não ter nada diferente pra beber, não entendi, não sei se eles não ligam muito pra líquido.


primas-irmãs da Akshita

muitas primas



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Casamento Honey & Karishma pt I


Dia 30/05, manhã

Look do Honey no primeiro evento do dia


O casamento dura dois dias e é dividido em algumas funções, que são como eventos. A primeira função do casamento aconteceu de manhã e foi apenas para mulheres. Fui a casa da Akshita por volta de 10h da manhã, e o programa era o seguinte: as mulheres da família, junto com o noivo, caminham até um templo, o noivo e sua família fazem uma prece/são abençoados, e todos voltam para a casa.

Saiu da casa da Akshita por volta de 10:30h da manhã uma procissão de +- 70 mulheres, junto com Honey, o noivo, em direção a um templo. Esse grupo seguiu acompanhado por uma banda de uns oito músicos, com sopros, tambor, cantor ao vivo e um carro auto falante. É uma festa ambulante, as mulheres vão dançando no meio da rua, a banda interrompe o trânsito pra passar, é uma barulheira colorida muito bonita de ver. A banda alterna com uma dupla de tambores, quando a banda não esta tocando, os tambores começam a batucada. O templo fica no mesmo quarteirão da casa, mas essa ida até o templo e volta pra casa leva quase duas horas pra acontecer. 
A procissão parou duas vezes, a primeira em uma árvore na beira da estrada, onde um pequeno templo estava montado. Não pude me aproximar muito pois só mulheres casadas podiam chegar perto. As mulheres mais novas ficaram dançando enquanto esse evento acontecia, e as mulheres mais velhas ficaram de baixo de uma marquise tentando se esconder do sol. A banda nunca para de tocar. O sol é de rachar, o clima é super quente e seco, mas as mulheres não desanimam. A avó da Akshita, uma senhora de uns 80 anos muito enrugada magrinha e pequena fez esse percurso toda a pé, de baixo de sol, de sari, na paz de Shiva. 

a banda

Akshita, sua mãe e muitas primas


Depois dessa parada todos seguiram para o templo propriamente, chegando lá o noivo subiu com Akshita e a mãe, e o resto da procissão ficou na rua dançando e tomando água. Esse foi o primeiro templo jainista que eu entrei, não sei como são os outros mas esse era bem diferente dos templo hindus. É bem mais clean, as paredes são brancas e os deuses tem o formato deles mesmo, e eram feitos de mármore e de metal. Muitos potinhos com arroz espalhados pelo templo, e algumas pessoas sentadas lendo para si, em silêncio.

fachada do templo


Depois disso, terminamos a volta no quarteirão e chegamos na casa novamente. Na área externa da casa construíram um toldo, quando chegamos estava servido um café da manhã, a banda continuou tocando, alguns continuaram dançando, e muito foram comer. O pai da Akshita estava na casa e alguns outros tios e convidados homens. Distribuíram sorvete, e todos os convidados ganharam um presente, dois potinhos de vidro usados para comer, como uma lembrancinha do casamento.


Fim da primeira função.


Acabado esse evento, toda a família da Akshita fez as malas e foi para o lugar onde a próxima função iria acontecer, um lugar chamado Amba Palace. É como um hotel com um jardim enorme, a família fica as duas noites do casamento hospedada nesse lugar, e no jardim acontece o casamento. É um espaço especial para esse tipo de evento, não é um hotel realmente, não tem outros hóspedes nem recepção ou serviço de quarto. É um prédio bonito onde todos ficam hospedados, com um jardim bonito onde acontece a festa. Durante a primeira função fiz muitos amigos, os primos e primas da Akshita (crianças entre 10 e 17 anos) falam inglês e são muito receptivos, as meninas todas eu já conhecia do dia do mehndi, então fui com eles para o Amba Palace. A função só começava de noite, fui mais pra saber como era, conheci os quartos e depois fui para o escritório.

quarto do Amba Palace, cama única para toda a família.


as primas


Amba Palace esperando os convidados chegarem

A segunda função começou as 19h, foi uma festa no jardim com apresentações de dança de vários membros da família, encerrando com uma dança dos noivos. Começou com as primas adolescentes dançando uma musica pop, teve uma prima com uma dança tradicional do Rajastão, teve dança de todas as tias juntas, um casal de crianças, duas primas adolescentes, um menino sozinho, um casal de tios, uma galera, tudo coreografado e com música alta e animada. Isso aconteceu em um palco grande montado no canto do jardim, com luz de refletor e cinegrafistas e fotógrafos oficiais do evento registrando. Na lateral do palco tem montado um mini palanque com um sofá e decoração e luzes, onde os noivos passam a noite sentados olhando as apresentações. No pé do palco as pessoas animadas ficam dançando e fazendo festa. Pelo resto do jardim tem muitas cadeiras e algumas mesas, quem dança é uma minoria, a maioria das pessoas fica em pé conversando, ou sentada vendo as danças, ou conversando e comendo. Um jantar é servido em estilo self-service durante a noite toda, então eu alternava entre ver as danças, ir comer, dançar perto do palco com as primas, e comer doces. A comida do casamento estava maravilhosa, bastante variedade e num apimentado que dava pra comer bem. A comida fica servida em balcões nas extremidades do jardim, atrás do balcão você vê as pessoas preparando as comidas, fazendo panner por exemplo, ou assando chapati.

público vendo o show


homem cortando tomates pra salada

senhoras assando chapatis, curd no balcão

meu jantar


Descobri depois toda uma outra lateral só com comida de rua, mas ja tinha jantado então não deu pra provar tudo, guardei para o dia seguinte.


A festa "acaba" oficialmente as 22:30h, entao por volta desse horário as danças param, e a festa ja está bem mais vazia. Só quando essa função acaba é que os noivos jantam, no centro do jardim tem uma mesa preparada pra eles e pra familia, os garçons vem com travessas na mão servi-los. Muitas pessoas dão comida na boca dos noivos, os garçons inclusive, nao entendi porque, mas deve ser pra trazer amor prosperidade livrar maus espiritos e essas coisas.

Carlos e Neha não apareceram na festa esse dia, entao voltei de carona na moto com um motorista da familia da Akshita.




Fim do primeiro dia.

os noivos