Dia 30/05, manhã
O
casamento dura dois dias e é dividido em algumas funções, que são como eventos. A primeira função do casamento aconteceu de manhã e foi apenas para
mulheres. Fui a casa da Akshita por volta de 10h da manhã, e o programa era o seguinte: as mulheres da família, junto com o noivo, caminham até um templo, o
noivo e sua família fazem uma prece/são abençoados, e todos voltam para
a casa.
Saiu da casa da Akshita por volta de 10:30h da manhã uma procissão de +- 70 mulheres, junto com Honey, o noivo, em direção a um templo. Esse grupo seguiu acompanhado por uma banda de uns oito
músicos, com sopros, tambor, cantor ao vivo e um carro auto falante. É uma
festa ambulante, as mulheres vão dançando no meio da rua, a banda interrompe o trânsito pra passar, é uma barulheira
colorida muito bonita de ver. A banda alterna com uma dupla de tambores,
quando a banda não esta tocando, os tambores começam a batucada. O templo fica
no mesmo quarteirão da casa, mas essa ida até o templo e volta pra casa leva
quase duas horas pra acontecer.
A procissão parou duas vezes, a primeira em uma árvore na beira da estrada, onde um pequeno templo estava montado. Não pude me aproximar muito pois só mulheres casadas podiam chegar perto. As mulheres mais novas ficaram dançando enquanto esse evento acontecia, e as mulheres mais velhas ficaram de baixo de uma marquise tentando se esconder do sol. A banda nunca para de tocar. O sol é de rachar, o clima é super quente e seco, mas as mulheres não desanimam. A avó da Akshita, uma senhora de uns 80 anos muito enrugada magrinha e pequena fez esse percurso toda a pé, de baixo de sol, de sari, na paz de Shiva.
Depois dessa parada todos seguiram para o templo propriamente, chegando lá o noivo subiu com Akshita e a mãe, e o resto da procissão ficou na rua dançando e tomando água. Esse foi o primeiro templo jainista que eu entrei, não sei como são os outros mas esse era bem diferente dos templo hindus. É bem mais clean, as paredes são brancas e os deuses tem o formato deles mesmo, e eram feitos de mármore e de metal. Muitos potinhos com arroz espalhados pelo templo, e algumas pessoas sentadas lendo para si, em silêncio.
A procissão parou duas vezes, a primeira em uma árvore na beira da estrada, onde um pequeno templo estava montado. Não pude me aproximar muito pois só mulheres casadas podiam chegar perto. As mulheres mais novas ficaram dançando enquanto esse evento acontecia, e as mulheres mais velhas ficaram de baixo de uma marquise tentando se esconder do sol. A banda nunca para de tocar. O sol é de rachar, o clima é super quente e seco, mas as mulheres não desanimam. A avó da Akshita, uma senhora de uns 80 anos muito enrugada magrinha e pequena fez esse percurso toda a pé, de baixo de sol, de sari, na paz de Shiva.
a banda |
Akshita, sua mãe e muitas primas |
Depois dessa parada todos seguiram para o templo propriamente, chegando lá o noivo subiu com Akshita e a mãe, e o resto da procissão ficou na rua dançando e tomando água. Esse foi o primeiro templo jainista que eu entrei, não sei como são os outros mas esse era bem diferente dos templo hindus. É bem mais clean, as paredes são brancas e os deuses tem o formato deles mesmo, e eram feitos de mármore e de metal. Muitos potinhos com arroz espalhados pelo templo, e algumas pessoas sentadas lendo para si, em silêncio.
fachada do templo |
Depois
disso, terminamos a volta no quarteirão e chegamos na casa novamente. Na área externa da casa construíram um toldo, quando chegamos estava servido um café da manhã, a banda continuou tocando,
alguns continuaram dançando, e muito foram comer. O pai da Akshita estava na
casa e alguns outros tios e convidados homens. Distribuíram sorvete, e todos os convidados
ganharam um presente, dois potinhos de vidro usados para comer, como uma
lembrancinha do casamento.
Fim
da primeira função.
Acabado
esse evento, toda a família da Akshita fez as malas e foi para o lugar onde a
próxima função iria acontecer, um lugar chamado Amba Palace. É como um hotel
com um jardim enorme, a família fica as duas noites do casamento hospedada
nesse lugar, e no jardim acontece o casamento. É um espaço especial para esse
tipo de evento, não é um hotel realmente, não tem outros hóspedes nem recepção ou
serviço de quarto. É um prédio bonito onde todos ficam hospedados, com um
jardim bonito onde acontece a festa. Durante a primeira função fiz muitos
amigos, os primos e primas da Akshita (crianças entre 10 e 17 anos) falam
inglês e são muito receptivos, as meninas todas eu já conhecia do dia do
mehndi, então fui com eles para o Amba Palace. A função só começava de noite,
fui mais pra saber como era, conheci os quartos e depois fui para o escritório.
quarto do Amba Palace, cama única para toda a família. |
A segunda função começou as 19h, foi uma festa no jardim
com apresentações de dança de vários membros da família, encerrando com uma dança dos noivos. Começou com as primas
adolescentes dançando uma musica pop, teve uma prima com uma dança tradicional
do Rajastão, teve dança de todas as tias juntas, um casal de crianças, duas
primas adolescentes, um menino sozinho, um casal de tios, uma galera, tudo coreografado e com
música alta e animada. Isso aconteceu em um palco grande montado no canto do
jardim, com luz de refletor e cinegrafistas e fotógrafos oficiais do evento
registrando. Na lateral do palco tem montado um mini palanque com um sofá e
decoração e luzes, onde os noivos passam a noite sentados olhando as
apresentações. No pé do palco as pessoas animadas ficam dançando e fazendo
festa. Pelo resto do jardim tem muitas cadeiras e algumas mesas, quem dança é
uma minoria, a maioria das pessoas fica em pé conversando, ou sentada vendo as danças,
ou conversando e comendo. Um jantar é servido em estilo self-service durante a
noite toda, então eu alternava entre ver as danças, ir comer, dançar perto do
palco com as primas, e comer doces. A comida do casamento estava maravilhosa,
bastante variedade e num apimentado que dava pra comer bem. A comida fica
servida em balcões nas extremidades do jardim, atrás do balcão você vê as pessoas preparando as comidas, fazendo panner por exemplo, ou assando chapati.
público vendo o show |
homem cortando tomates pra salada |
senhoras assando chapatis, curd no balcão |
meu jantar |
Descobri depois
toda uma outra lateral só com comida de rua, mas ja tinha jantado então não deu
pra provar tudo, guardei para o dia seguinte.
A
festa "acaba" oficialmente as 22:30h, entao por volta desse horário
as danças param, e a festa ja está bem mais vazia. Só quando essa função acaba
é que os noivos jantam, no centro do jardim tem uma mesa preparada pra eles e
pra familia, os garçons vem com travessas na mão servi-los. Muitas pessoas dão
comida na boca dos noivos, os garçons inclusive, nao entendi porque, mas deve
ser pra trazer amor prosperidade livrar maus espiritos e essas coisas.
Carlos
e Neha não apareceram na festa esse dia, entao voltei de carona na moto com um motorista
da familia da Akshita.
Fim do primeiro dia.
os noivos |
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